Presa há quase um ano, a influenciadora angolana Ana da Silva Miguel, ou simplesmente Neth Nahara, está detida acusada de injúria e ultraje contra o Presidente da República, João Lourenço.
Entretanto, a Amnistia Internacional apelou esta terça-feira, 13, às autoridades angolanas a libertação da influenciadora, e acusa o governo de silenciar críticos.
Numa nota divulgada hoje, o vice-director regional da organização de defesa dos direitos humanos para a África Oriental e Austral sublinha que “Neth Nahara nunca deveria ter sido presa”.
Vongai Chikwanda acrescenta que as autoridades angolanas estão a abusar do Código Penal para tentar silenciar a dissidência pacífica, tendo acrescentado que a condenação de Neth Nahara por cometer um ‘ultraje contra o Estado’ é absurda, enquanto a sua sentença foi estendida de seis meses para dois anos após um processo de apelação falho.
A AI acrescenta que “a Constituição de Angola protege explicitamente a liberdade de expressão, o que inclui expressar opiniões políticas nas redes sociais”.
A organização pede, igualmente, que as autoridades angolanas libertem outras quatro pessoas detidas arbitrariamente por mais de dez meses apenas pelo exercício pacífico de seus direitos humanos de protesto e expressão”, nomeadamente Adolfo Campos, Hermenegildo Victor José (Gildo das Ruas), Abraão Pedro Santos mais conhecido por Pensador, e Gilson Moreira (Tanaice Neutro), que continuam presos desde 16 de Setembro de 2023, após tentarem organizar uma manifestação em Luanda.
Crédito: C.Kianda.
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